Em algum tempo
Em algum lugar
Anunciavam os sinos
Sinais arquetípicos
Nascimentos, casamentos e mortes
E diziam
É hora de parar
Nem que seja breve
Pense no rebento
Aposta de vida
Pense no evento
Aposta de alegria
Pense no moribundo
Aposta de eternidade
Será que banalizamos os sinos
Pois agora tocam todos os instantes
Em todos os lugares
A qualquer momento
Individualizamos os sinais
Nos faz pensar em algo?
Ou apenas ter raiva
Do desrespeito àquele momento
É necessário?
De fato, criou necessidades
Aquelas que não existiam
Antes de ele existir
Partimos do inconsciente coletivo
E mergulharmos no inconsciente pessoal
Escravizados
Esperamos sempre um novo sinal
Com certeza
Não será de vida
Nem de bodas
Nem de ida
Apenas banalidades
De alguém que poderia esperar o momento
É claro
Até para as banalidades
Existe um momento
Mas que não deve ser compartilhado com outros.
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