Situação grotesca
No meio da cidade
Ouço aquele som
Com todo aquele trânsito
Esperar um trem de carga passar
São cinco minutos perdidos
Não! É apenas um vagão
Mas vou ter que esperar
Que situação
Naquela hora
Muita pressa
Vagão ecológico
Vagão escolar
Crianças dando tchauzinho
Muitas crianças acenando
Poucos respondendo (inclusive eu)
É a pressa
Já tive saudades do trem
A cidade já teve
Hoje os esconde embaixo da terra
Sabe lá porque
Dizem que melhora o trânsito
Talvez seja de vergonha
Vergonha do que perdeu
Quando a vinda de um trem era uma festa
Alegria de chegada e tristeza de ida
Ali passava a saudade
Hoje passa o capital
O que chamam de riqueza
Que tristeza
Já não é mais trem de passageiro
Trem de passagem
Que levava gente
Que levava sonhos
Sonhos de muitos
Agora é carga
Carga é dinheiro
Que também leva sonhos
Sonhos de poucos
Aos poucos vai escondendo o seu passado
E se perde a sua beleza
Surgindo o novo: no centro
Que um dia também será velho
Sabe lá como esconderemos isto
No centro das atenções: o novo
Não perceberam que o velho pode
Ser apresentado de maneira nova
Mas quem se importa com o velho
Pois com o suposto “novo”
O dinheiro corre mais rápido
Se torna mais ágil
Tão ágil e tão rápido quanto foram
Os trens de passagem de antigamente.
No meio da cidade
Ouço aquele som
Com todo aquele trânsito
Esperar um trem de carga passar
São cinco minutos perdidos
Não! É apenas um vagão
Mas vou ter que esperar
Que situação
Naquela hora
Muita pressa
Vagão ecológico
Vagão escolar
Crianças dando tchauzinho
Muitas crianças acenando
Poucos respondendo (inclusive eu)
É a pressa
Já tive saudades do trem
![]() |
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=390816957676957& set=a.124681557623833.28104.100002459696698&type=1 |
Hoje os esconde embaixo da terra
Sabe lá porque
Dizem que melhora o trânsito
Talvez seja de vergonha
Vergonha do que perdeu
Quando a vinda de um trem era uma festa
Alegria de chegada e tristeza de ida
Ali passava a saudade
Hoje passa o capital
O que chamam de riqueza
Que tristeza
Já não é mais trem de passageiro
Trem de passagem
Que levava gente
Que levava sonhos
Sonhos de muitos
Agora é carga
Carga é dinheiro
Que também leva sonhos
Sonhos de poucos
Aos poucos vai escondendo o seu passado
E se perde a sua beleza
Surgindo o novo: no centro
Que um dia também será velho
Sabe lá como esconderemos isto
No centro das atenções: o novo
Não perceberam que o velho pode
Ser apresentado de maneira nova
Mas quem se importa com o velho
Pois com o suposto “novo”
O dinheiro corre mais rápido
Se torna mais ágil
Tão ágil e tão rápido quanto foram
Os trens de passagem de antigamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário