Onde está a minha vida?
Onde ficou nesta correria?
Se no meio do caminho
Não posso voltar
Nunca mais passo por lá
Em outra vida?
Talvez!
Mas não será a mesma
Ah! Que momentos perdidos
Ignorância
Insensatez
Falta de opção?
Não!
É o destino?
Não seja cretino!
Que sirva de lição
Para mim e para os outros
Para mim?
Para que?
Pura pretensão
Para a outra vida?
Pura imaginação
Para os outros
Quanta pretensão
Achar que minha vida
Valha alguma coisa
Mas nem mesmo para uma lição
Até mesmo porque lições não servem para nada
Pois dizem que só se aprende vivendo
Mesmo que se viva errando
Então aprendi
E muito!
Foram muitos erros
Então o que me resta?
A aprendizagem
E de que me serve?
A compreensão e aceitação da própria morte?
Mas a morte não será também um erro?
Então aprenderei com a morte
Tudo em vão
Porque achar que houve perdas e ganhos
Se a própria vida é uma perda e um ganho
É um corpo que dá (a perda) um pouco de si
Para dar vida a outra (o ganho)
Então pode ser a morte o preço por este ganho
Nunca cobrado antes
Ou que se paga em prestações, vivendo
E o resíduo final é a morte.
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