Eu começo um problema
Eu leio o problema
Eu não entendo nada do problema
Mas quero resolver o problema
Eu preciso resolver
Virou uma necessidade quase que vital
Não há outra coisa a fazer
Percebo que preciso ler um pouco mais
Vou estudar mais a teoria
Vou ler mais a teoria
Quantas vezes for preciso
Para que o problema se torne parte de mim
Estou lendo
Estou percebendo coisas novas
A cada leitura algo que não tinha percebido
A cada leitura uma nova descoberta
Pequena, mas significativa
Continuo lendo
Porque sinto necessidade
Agora vejo que cheguei num ponto interessante
Me sinto mais confiante
Mais firme para entender o problema
As coisas começam a ficar claras
Ainda não sei a resposta
Mas já entendi a pergunta
Eu sei que vou encontrar
Pois agora percebo que basta procurar
Estou tentando
Estou insistindo
Estou inteiro para isso
Após algum tempo…
Encontrei a solução
Sinto a sensação de um cansaço
Mas ao mesmo tempo alívio
Apesar da atividade estar concentrada no pensamento
O corpo responde igualmente a isso
Sinto um prazer imenso
Atravessei um lugar desconhecido
Experiência única
E o professor?
Qual o seu papel neste processo?
Coadjuvante, somente isto.
Que ele não queira ser mais do que isso.
Senão levará para si este prazer que é exclusividade do aluno.
O prazer do professor é de saber que o aluno conseguiu viver integralmente essa experiência.
O papel do professor é de promover essa jornada.
Simples assim...