quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Penso, logo insisto

Fazer o curso de matemática
Coisa não tão simples, um problema delicado
Exige conhecimentos, eu não vim preparado
Exige esforço fenomenal
Não sei se estou disposto
Mas estou aqui afinal.
Com as coisas acontecendo
Eu desanimo com isto
Aí eu penso, logo, eu desisto
Não deveria pensar
Mas como?
Inverto esta ordem
Se estou aqui
É porque aqui deverei pensar
Então penso, logo insisto
Não importa o que aconteça
Aqui é o meu lugar
Mas quem deve
Deveria ajudar
Não passei em Medicina
Logo, é óbvio,
Não vou acompanhar
Solução, não sei,
Não sou eu que devo encontrar
O caminho, não sei,
Só sei que é aqui que deverei estar
Esta é a minha reflexão
Reflexão é pensamento, eu insisto
Novamente penso, então
Agora sim, eu existo.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Informação para nada

Informação é bom
quando se pode fazer algo
para mudá-la
Senão
É só informação
Informação que me enoja
Que me paralisa
É muito claro minha incapacidade
de fazer
diante da minha capacidade de ler
Ler e acreditar
Acreditar em que?
Acreditar em quem?
Fazer o que?
Talvez seja bom
Para lembrar
que não saimos da selvageria
Ilusão esta de que estamos livres
dos ataques de tigres e leões
os verdadeiros predadores
Ilusão esta que estamos protegidos
Nossa prisão é maior
É uma prisão oculta
Disfarçada de liberdade
Liberdade de consumir
Consumir o padrão
Consumir a obrigação
A obrigação de se fazer consumir
Ai que saudade dos tigres e leões
Pelo menos eu sabia que a luta era justa.